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quem somos

O Coletivo Afrontosas é uma Associação Cultural que nasceu a partir de encontros de pessoas negras/racializadas cuír ligadas ao mundo das artes, da educação e da celebração motivadas pela ausência de projetos que reflitam sobre a importância da negritude cuír da diáspora em Portugal em confluência com os trânsitos migratórios da América Latina, África e outras regiões.

Um dos objetivos do Afrontosas é fomentar, promover e divulgar a produção artística e educacional de artistas negres/racializadas cuír a fim de criar espaços interseccionais para o debate e a interlocução entre agentes culturais no âmbito nacional e internacional.

O Coletivo atua em cinco áreas: Arte e Pesquisa; Acolhimento e Ancestralidade; Consultoria e Ensino; Cultura e Celebração e Lifestyle e Fashion Design.
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antonyo amolou, Didi e Rod são as três pessoas que lideram os processos da Associação neste momento, contando com o apoio dos demais membros.

antonyo omolu // Artista performativo híbrido entre teatro e dança que navega nas águas da antropologia teatral, enquanto pesquisador prático-reflexivo-teórico desta prática apresenta-se como ator-bailarino – definição cunhada por Eugênio Barba para delinear o perfil do artista que investiga e pratica o comportamento pré-expressivo do ser humano em situação de representação organizada . Tem mestrado em artes com foco em metodologia do ensino em dança afro-brasileira, licenciatura e pós graduação em filosofia e pós graduação em teatro. No Brasil tem incursões de vivência e experiência nas áreas da dança contemporânea, teatro, danças afro-brasileiras (danças dos orixás), grupos cênicos de cultura popular afro-brasileira, como congada de Minas Gerais e escolas de samba. As suas experiências e atividades nestas artes acontecem no âmbito da interpretação, direção, produção e educação em projetos de criação pessoais a solo e em coletivo. O hibridismo da sua formação artística dialoga com sua formação étnica que envolve culturas indígenas, africanas e portuguesas. É praticante das cenas negras em movimento, corpes afroqueer, artivismo afro-atlântico, diálogos e produções de sensibilidades territoriais de descentralização e descolonização do fazer artístico. Trabalhos atuais incluem, professor de dança e expressão corporal na escola Chapitô, circulação do espetáculo Iabás, assistência de produção para o Teatro Griot, produção dos eventos promovidos pelas Afrontosas.

DIDI // Di Candido aka DIDI, corpo afrocuír em trânsito por Brasil, UK e Portugal, que trabalha, persiste e resiste por meio da investigação acadêmica, produção cultural e performance como DJ, cantore e artista visual/transdisciplinar. Graduade em Direito pela Universidade Candido Mendes e mestrande em Comunicação, Cultura e Tecnologia pelo ISCTE – IUL, investigadore do Projeto Racismo e Xenofobia em Portugal “A normalização dos discursos de ódio no espaço público da internet” pelo CRIA-ISCTE – Centro em Rede de Investigação em Antropologia, seu percurso conversa com temas relacionados com a (re) territorialização coletiva, cibercultura, identidades, ativismo e performance antirracista na produção cultural e artística cuír, negra e imigrante em diáspora. Idealizadore da unidade criativa em forma de festa Bee, The United Kingdom of Beeshas (bee_lx), uma das primeiras festas que trouxeram #blackqueermagic para o centro de Lisboa, membre-fundadore da UNA – União Negra das Artes e da Afrontosas, DIDI movimenta-se em conexão com coletivos, artistas e fazedores de toda a diáspora em projetos culturais, indústrias criativas e idealização de festas, na produção e atuação direta com Afroeuropeans, BATEKOO, CURVS, KunstenFestivaldesarts, Alkantara Festival, Pumpdabeat, entre outros. Como DJ, DIDI conecta-se com os mais variados ritmos e manifestações artísticas afrodiaspóricas por meio de expressões sonoras e de movimento: do baile funk ao house, do R&B 90/00 ao afrobeats.

ROD // Rodrigo Ribeiro Saturnino é sociólogo digital, artista visual e ativista gráfico. Doutorado em Sociologia pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Pós-Doutorado no Centro de Estudos da Comunicação e Sociedade do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho onde atualmente desenvolve uma pesquisa sobre as plataformas digitais da Internet e o racismo algorítmico. Tem publicado em diversas revistas acadêmicas e de divulgação científica no âmbito nacional e internacional. Como artista visual desenvolve um trabalho com foco na crítica decolonial. Participou de diversas exposições coletivas e exibições a solo, como na Feira Gráfica de Lisboa (2020), na Casa do Capitão (2021), no Espaço Damas (2021), no Festival Bairro em Festa do Largo Residências (2021), na Galeria Not a Museum (2021), no MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (2022), nas Galerias Municipais de Lisboa (2022/2023), além de participar de festivais e projetos, como por exemplo, o Festival Walk Talk Açores 2020, do projeto “Comunidade enquanto Imunidade”, do Projeto “Primeiro Rascunho” do Teatro do Bairro Alto, do Campo de Treino (2021) e do De/Codificar Belém, do Colectivo Faca. Desenvolveu o cenário do projeto da peça “Casa com Árvores dentro”, parte do projeto “Pê – Prefixo de Desumanização”, em conjunto com Cláudia Semedo, Gisela Casimiro, Kalaf Epalang, entre outros artistas. É membre-fundadore da UNA – União Negra das Artes e do Coletivo Afrontosas. IG: @_rod_ada